A educação tem o poder de transformar o mundo. E não, isso não é apenas mais um clichê. Essa frase é fruto de toda a trajetória do poder da educação ao longo dos anos, com todas as vantagens e conquistas celebradas por meio da priorização da educação.
Com a chegada e difusão dos meios de comunicação, sobretudo a Internet e a era das redes sociais, o ato de educar se intensificou na mesma proporção que a necessidade por inovação, com o objetivo de garantir a atenção das pessoas mais jovens, que já foram sendo criadas com um senso de urgência muito maior.
Por isso, quando inovação e educação estão juntas na mesma frase pode não soar mais estranho para muitas pessoas, visto que a necessidade por ambas vem se tornando cada vez maior.
Paulo Freire diz que “não é a educação que forma a sociedade de uma determinada maneira, senão que esta, tendo-se formado a si mesma de uma certa forma, estabelece a educação que está de acordo com os valores que guiam essa sociedade” (1975, p. 30).
Assim, podemos compreender que o ato de educar é uma decisão que precisa honrar o seu compromisso a fim de que o educador honre a necessidade de assumir o “compromisso com os destinos do país. Compromisso com seu povo. Com o homem concreto. Compromisso com o ser mais deste homem” (FREIRE, 2007, p. 25).
No entanto, apesar de ter compromisso e conhecimento, educar o outro não é nem nunca será uma tarefa fácil; em especial, nos dias de hoje, que já conta com aparelhos tecnológicos – que quando bem utilizados podem contribuir significativamente para o processo de aprendizagem.
A educação é essencial para o regimento e evolução de toda sociedade. Acontece que a educação é e deve continuar sendo compreendida como instrumento a serviço da democratização, contribuindo para as vivências comunitárias dos grupos sociais, para o diálogo, para formar pessoas participantes de uma sociedade ativa, que consegue conviver com os outros bem como conversar acerca de seus direitos e deveres.
Por isso, a reforma da educação e a reforma da sociedade andam juntas, sendo parte do mesmo processo, pois são elas que regem o processo humano no que diz respeito a viver em um ambiente plural e sociável.
Assim, Paulo Freire, filósofo e educador extremamente relevante no cenário brasileiro, em todo o seu trabalho busca a coerência entre a razão humana e a sua consciência, pela qual o homem pode transformar-se e transformar também o seu contexto social, a fim de garantir o que é necessário para a formação do homem que é realmente livre.
Além disso, outro ponto evitado e defendido por Freire é o de não permitir a massificação do indivíduo, ou seja, optar e correr sempre em busca da formação de uma consciência crítica, em que o ato de educar conduz à liberdade, combatendo a alienação dos homens através da compreensão do indivíduo como ser ele mesmo.
Você já ouviu falar em Lifelong Learning?
Seja em qualquer âmbito, profissional ou pessoal, a educação é um fator primordial para um bom desempenho e uma comunicação assertiva. O conhecimento é extremamente valioso para aquele que o detém. É por meio da aprendizagem que podemos transformar e viver por completo experiências únicas.
No caso do Lifelong learning, termo em inglês que faz referência ao conhecimento sem data para acabar, este pensamento é fruto direto da rotina em que nossa sociedade vive, que é muito mais dinâmica e acelerada do que era nos anos 1950, por exemplo. Por isso, hoje, esse conceito ganha destaque na vida dos jovens e também no mercado de trabalho. A base do significado desse termo diz respeito ao ato de estar sempre se capacitando, adotando uma postura aberta para o conhecimento – seja da sua área ou não.
Dessa forma, é possível entender que o lifelong learning faz parte da cultura de inovação. Afinal de contas, leva-se em consideração que quanto mais a pessoa aprende, melhor ela se desenvolve e, consequentemente, melhores propostas alcança, visto que o leque de possibilidades e repertório que aquele indivíduo tem permite que ele inove e contribua positivamente para o local em que está inserido – profissional e pessoal.
O escritor norte-americano, Doutor Alvin Toffler, disse que “O analfabeto do século XXI não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender”, ou seja, a pessoa capacitada para ocupar cargos e conviver em uma sociedade harmoniosa é aquela que está disposta a aprender e reaprender, quantas vezes for necessário, em prol do seu próprio bem, visando a evolução profissional e pessoal.
Dinamismo, mercado de trabalho e o Lifelong Learning
É muito comum ouvir de algumas pessoas, especialmente as que estão inseridas no mercado de trabalho há algum tempo, que o mundo corporativo precisa de pessoas cada vez mais capacitadas para ocupar os cargos.
Com o maior dinamismo e a necessidade de mudanças provocadas no mundo desde a disseminação da internet, bem como a urgência de aprender algo novo todos os dias, que foi desencadeada pela produção de conteúdo das redes, essa capacitação pode acontecer de forma cada vez mais diversificada.
A premissa do Lifelong Learning é: nunca é cedo ou tarde demais para aprender algo novo (ou reaprender), premissa que está alinhada com o mercado profissional. Assim, os aprendizados vão muito além de uma graduação ou pós-graduação, eles acontecem dia após dia, em diversos contextos.
A origem do lifelong learning e a cultura de inovação
O grande objetivo é estimular as pessoas a buscarem aprendizado e conhecimento de forma espontânea. No caso das empresas e comércios, os gestores podem estimular os colaboradores por meio de ações e cursos disponíveis que contribuam não só para o desenvolvimento pessoal como para o crescimento profissional, o que irá agregar de forma positiva para a empresa em questão.
A inovação está justamente em proporcionar às pessoas, em especial aos colaboradores, novas formas de ensino e aprendizagem, garantindo destaque no mercado de trabalho através do conhecimento.
Assim, além de ter os ambientes formais para aprender, agora, principalmente por conta do isolamento social ocasionado pela pandemia do novo coronavírus em 2020, muitas pessoas passaram a utilizar outras formas de aquisição de conhecimento a fim de aprimorar técnicas e aprender com indivíduos que atuam na área, seja por meio de um ted talk, curso on-line, livros, palestras e muito mais, tudo no ambiente on-line.
A versatilidade do lifelong learning é uma das vantagens que mais atraem adeptos todos os dias. Inovar, aprender e estar à frente são diferenciais que, hoje, estão contando bastante pontos, principalmente no que diz respeito ao mercado de trabalho.
Qual a relação entre a Cultura de Inovação e o Lifelong Learning?
Inovar não é criar apenas um produto mirabolante ou desenvolver técnicas inéditas. Na verdade, inovar também está relacionado a adaptar processos que já existem, mas aplicá-los de uma outra forma, para obter mais resultados, otimizar processos e recursos e estimular a criatividade – tanto do colaborador quanto do próprio gestor.
Dessa forma, a cultura de inovação na empresa visa promover a criatividade e apoiar ideias que servirão de testes para melhorar a dinâmica do trabalho e até mesmo o desenvolvimento pessoal do colaborador.
Assim, a relação da cultura de inovação com o lifelong learning é exatamente essa: mudar as formas com que se aprende ou adquire conhecimentos é também uma maneira de implementar a cultura da inovação em um negócio.
Apresentar novas formas, possibilidades, tecnologias, produtos ou serviços em que o conhecimento seja a base de sua utilização é também uma forma de mostrar como inovar – desde que bem aceito – é benéfico para ambos os lados: contratante e contratado.
Conheça os pilares do lifelong learning
Assim como todo processo de aprendizado, há alguns pilares que são inegociáveis para o seu desenvolvimento. No lifelong learning há quatro pilares que servem de base para todo e qualquer indivíduo que deseja aprender de formas mais variadas, são elas: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e, por fim, aprender a ser. Veja:
1. Aprender a conhecer
No aprender a conhecer, a base deste pilar é o questionamento na missão de aprender. Ou seja, é preciso confrontar ideias e pensamentos para gerar conhecimento por meio de reflexões e indagações. É a curiosidade como seu principal guia, reconstruindo todo o conhecimento de forma autônoma.
2. Aprender a fazer
Já no aprender a fazer, ao contrário do item anterior, aqui a premissa é de que por mais que a parte teórica seja essencial na hora de aprender, é preciso colocar em prática todo o conhecimento a fim de que aquilo vire um hábito e “seja parte do indivíduo”. Já dizia Cofucio, “O que eu ouço, eu esqueço. O que eu vejo, eu lembro. O que eu faço, eu entendo”. Então, para memorizar é preciso praticar.
3. Aprender a conviver
O terceiro, aprender a conviver, é a etapa em que as pessoas aprendem a ser empáticos e a entender o outro, afinal, a gente também aprende e absorve conteúdos por meio da convivência e troca de experiência. Assim, se você deseja imergir no mundo do lifelong learning é preciso tolerar e aprender com o outro.
4. Aprender a ser
Por fim, o aprender a ser. Pode parecer algo poético, mas quando o indivíduo está em busca de se desenvolver e tem autonomia para desenvolver seu senso crítico, ele consegue inovar e agregar valor para a sociedade por meio de suas vivências e conhecimentos.
Inovar e estudar são atividades paralelas, que podem dar certo quando bem combinadas. É o que acontece com o Lifelong Learning.
Estimular o aprendizado de diversas formas, através de diversas fontes, é um ato inovador, que frisa para as pessoas que o conhecimento é muito mais relevante e importante socialmente do que a maneira como você o conquistou. Por isso, desenvolver seu senso crítico e autonomia são essenciais para quem almeja aprender de forma autônoma.
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A plataforma permite que a aprendizagem aconteça da melhor forma, com conteúdos diversificados, que contribuirão diretamente para o processo de conhecimento e aprendizagem.
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